quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Há uma bicicleta entre nós!


Quando eu tinha uns 20 anos eu trabalhava numa videolocadora aos finais de semana para complementar a renda e, lá havia outro rapaz que trabalhava conosco que ia até a loja pedalando.

Até ai tuuuuuuuudo bem.

Até que um dia nós estávamos conversando - eu, ele e o gerente da loja -, sobre bicicletas. E como eu não entendia nada do assunto, fiquei apenas prestando atenção à conversa, e foi aí que ouvi o rapaz dizer:

“Ontem a minha namorada me pediu um ultimato: ou ela ou a bike, e é claro que eu escolhi a bike!”

Naquele instante eu achei esse comentário a coisa mais absurda e ridícula que eu já tinha ouvido na minha vida, e claro, fiquei tão P da vida que a discussão sobre o assunto, que até o momento era pacífica, quase saímos na mão... hahahaha. Brincadeira, mas é claro que eu fiquei muito brava com o comentário dele. Onde já se viu trocar uma namorada por uma bicicleta? Ele só pode ser louco mesmo.

 
Alguns dias depois ele foi assaltado e levaram a bike dele. Não sei se isso foi praga minha ou da ex...heheheh. Depois disso, eu nunca havia visto uma pessoa tão arrasada e tão pra baixo por causa de uma bicicleta.

Os anos foram passando, até que 11 anos depois desse dia eu me deparei com uma situação meio esquisita: levei um pé na bunda de um ex-namorado, e acabei ficando com a bicicleta. O.o

E não é que me apaixonei por ela?

Hoje eu entendo o amor que as pessoas sentem por suas magrelas, afinal, elas não te pedem nada em troca, não te exigem nada, estão sempre ali perto de nós, e nos proporcionam uma sensação de liberdade que só quem pedala sabe o que eu estou dizendo.

Eu posso dizer, com a boca escancarada cheia de dentes, que a magrela salvou a minha vida. Ela me tirou de uma depressão profunda, e hoje, eu digo com todas as letras: a bicicleta é meu antidepressivo, porque com ela me sinto sempre uma criança com um brinquedo novo toda vez que volto de um pedal.

 
Acho que é por isso que desde que comecei a pedalar não consegui mais arrumar namorado....hahahahaha...só uns rolos, porque, me faz a mesma pergunta que fizeram para o rapaz da videolocadora para saber a resposta que eu vou te dar, faz? (uia, Capitã Nascimento?)

Acho que você nem precisa se dar a esse trabalho, não é?...hehehehe

Não troco um bom pedal por homem nenhum neste mundo, a não ser que ele pedale também... Não sou boba, né?... uia!

Boas pedaladas!

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