domingo, 25 de janeiro de 2009

Circuito Vale Europeu: 13 de novembro (Dr. Pedrinho a Alto Cedro)

Depois de uma bela noite de sono, bem descansados, tomamos aquele café-da-manhã, com direito a pastel de queijo, que estava divinoooo...rs. Fomos então nos aprontar rumo a Alto Cedro.
D. Hilda já havia avisado a família Duwe que iríamos pra lá. Estava previsto chegarmos em Alto Cedro por volta das 17h para pegarmos o barquinho para atravessar o lago e cortarmos nada mais nada menos que 7km.
Quando terminamos de tomar café começou a chuvinha novamente, e o marido d D. Hilda nos aconselhou a fazer outro caminho, pois um trecho da trilha onde iríamos passar estava bloqueada, a ponte para atravessar o ria é muito baixa e co o rio cheio ficaria praticamente impossível de se fazer a travessia.
Como de fato, passamos pelo outro lado e quando chegamos próximo ao local onde estaria a ponte, ela estava submersa em meio a um rio violento.
Durante os 10km de percurso passamos por alguns lugares alagados mas nada perigosos. No meio do trajeto vimos uma casinha com uma boa varanda, resolvemos parar para comermos nossos lanchinhos. Foi aí que apareceu no local o Sr Luís, mais um rapaz e seus três cachorros, ahh...diga-se de passagem que o Seu Luís estava carregando uma gaiola com um passarinho. Ele se aproximou e começou a puxar proza, disse que era italiano e que morava numa casinha próximo dali, ele disse também que a casinho onde estávamos é uma pequena igrejinha, que só era rezada missa ali duas vezes no ano, ele falou também que caso a gente passasse por algum sufoco a gente poderia dormir ali dentro da igrejinha que estava aberta por sinal.
Conversamos mais um pouco com o seu Luís enquanto terminávamos nosso lanche. Ele muito simpático e prestativo nos convidou para pousarmos na casa dele, futuramente....achamos tudo aquilo muito legal, e nos surpreendemos com tanta gentileza!!
Despedimos-nos e continuamos em frente, percorrermos mais 2km quando nos deparamos para nosso primeiro desafio, devido ás chuvas intensas o que era pra ser um pequeno ribeirão com água na altura do tornozelo, era ali naquele momento, um pequeno riacho com água na altura das nossas coxas..já imaginaram o nosso medo?? Como passaríamos as bikes sem molhar as roupas? Não esqueçam que somos todas baixinhas e só havia o Jubis de homem.
A Ive resolveu sondar o caminho, enfiou o pé na água, sentiu que estava puxando muito, percebeu então que não daria para passar pedalando e nem segurando-as, pois qualquer descuido ou queda seríamos levados pelo rio que se formou. Por alguns minutos ficamos sem saber o que fazer, imaginamos se seria mais prudente voltarmos para Dr. Pedrinho, se ficaríamos na casa do seu Luís, muitas dúvidas e já estávamos a essa altura com muito frio!
Foi então que o Jubis teve a idéia de chamarmos o Seu Luís para nos ajudar, afinal ele tem um caminhão e poderia fazer nossa travessia. A Ive e o Jubis voltaram para falar com ele, enquanto eu e a Betinha ficamos próximas ao ribeirão, rezando muito para sairmos daquela situação e para sair um pouco de sol, não agüentávamos mais passar frio.
O Seu Luís, muito solícito, pegou seu caminhão e o levou até o ribeirão, mas como ele é da região e conhece bem aquele ribeirão ele falou que dava pra passar e nos perguntou se ele passasse as magrelas se a gente iria, a gente falou que tudo bem, mas que elas estavam muito pesadas, e que a gente não estava com medo e sim preocupadas com as magrelas...rss...e foi aí que ele pegou uma das bikes, colocou no ombro e foi passando como se nada fosse, ficamos ali abismadas...e dávamos risadas também. Enquanto ele e o Jubis passavam as magrelas, eu e as meninas passávamos a pé, já ficando com mais ainda a roupa encharcada...rs...mas o mais impressionante foi que logo que passamos tudo isso, o sol apareceu, sentimos aquele calorzinho, pode ser besteira, mas acho que tudo aquilo emocionou muito a mim e a Betinha, pois nós duas começamos a chorar....não acreditávamos que uma pessoa pudesse nos ajudar daquela maneira, ele se molhou todo e carregou aquele peso, nosso dois anjos-da-guarda o Jubis e o seu Luís, a quem dedicamos esse relato. Nesse dia o Seu Luís foi muito crucial, pois se não fosse por ele o Jubis não teria confiança de ajudá-lo e a gente também não sentiria segurança em passar por aquele desafio.
Depois de tudo passado, nos despedimos mais uma vez do Seu Luís e agradecemos imensamente por tudo, e seguimos nosso caminho, e ele nos alertou que teríamos mais um ribeirão, mas que também deveria estar tranqüilo. Mas chegando ao local nos deparamos com mais um ribeirão que havia se transformado num pequeno rio, com águas turbulentas, mas graças a Deus não era tão profundo quanto o anterior, mas não deixava de ter seus riscos, pois as pedras estavam bem escorregadias, havia apenas um caminho estreito no meio da pedra para passarmos as bikes, sem precisar levantar as mesmas. O ribeirão não estava tão largo quanto o outro, mas foi o lugar que mais caímos, acho que a única ilesa nessa história foi a Betinha....rs.
Depois de mais um sufoco e conseguimos ultrapassá-lo, mais uma vitória...rs..seguimos em nosso trajeto. Chegamos no horário previsto em Alto Cedro, e o Sr. Raulino já estava nos esperando com seu fusquinha. Era para ele nos levar de barquinho, mas como a represa estava muito cheia, tivemos que percorrer mais uns 7km, e estávamos todos muito cansados, e foi um sobe e desce tremendo...rs...ô lasqueira...rs. Mas quando chegamos na casinha onde ficaríamos tivemos uma bela surpresa, era linda e aconchegante, muito parecido com aquela que nós víamos das estradas, então foi bem acolhedor já estarmos ali naquele lugar.


Aliás, Alto Cedro é um lugar belíssimo e incrível, de uma beleza singular e única, jardins maravilhosos, muitas hortênsias de ambos os lados da trilha, um lago represado com mais de 10km de extensão, foi um dos lugares mais bonitos que já vimos, opinião dos quatro....rs.
Como de praxe lavamos nossas bikes, nossas roupas, tomamos aquele banho merecido e finalmente comer aquela comidinha caseira prepara pela esposa do Sr. Raulino a D. Izolda, esta descendente de italianos e ele de alemães. Tudo muito bom e maravilhoso, já estávamos cansadinhos e fomos nanar, pois o dia seguinte prometia...rs.

Escrito por Ana Paula

Beijos a todos.



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Feliz aniversário, pedalando na cidade!

Hoje eu estou fazendo quatro anos de pedaladas, e eu nunca imaginei que chegaria a tanto, e durante esses anos todos aconteceram muita coisa, boas e ruins, mas todas foram de grande valia.

Lembro-me uma vez quando estava alguns meses iniciando no pedal que eu perguntei para um rapaz quanto tempo levaria para eu pegar um bom ritmo em cima de uma bicicleta (no bom sentido, claro...rs) e ele me disse: “um ano e meio ou dois anos”.

Nossa! Tudo isso?

E esse um ano e meio passou voando tanto quanto os quatro anos de pedal.

Eu comecei com uma bike de supermercado e quando eu fui fazer a minha primeira trilha em Nazaré Paulista, enquanto eu conversava com algumas pessoas sobre a trilha, sobre o pedal e, claro, sobre bikes, uma pessoa disse assim: “pior são aquelas bikes compradas em supermercado...”. Meus Deus! Eu fiquei com uma vergonha danada, mas não escondi que tinha comprado a bike num supermercado. Eu não manjava nada de bicicletas, aliás, eu nem sabia se ainda sabia pedalar... uia! Mas pensei: “seja o que Deus quiser!”

Não preciso nem contar que a bike se destruiu na trilha e no dia seguinte eu estava trocando-a por um DVD. (risos)

Depois fiquei um tempo pedalando com uma bike usada e o resto da história você já sabe.

Pedalei muito com o CAB. Aliás, o CAB foi o único grupo de bike que me ajudou – e ajuda muito – a fazer trilhas por aí, pois eu não tenho carro, então participo das viagens que eles fazem, pois além do CABusão eu ainda tenho a companhia de pessoas muito agradáveis, e o preço é quase sempre acessível.

Fiz as trilhas em Nazaré Paulista (várias vezes), Maria da Fé em Minas Gerais, Salesópolis, Ilha Comprida, Juréia, Carlos Botelho, Miracatu, Paranapiacaba, São Francisco Xavier, Serra do Japi, Graciosa, Mairiporã (umas três vezes), Atibaia, Campinas-Jaguariúna, Santana do Parnaíba – Pirapora do Bom Jesus (a mais difícil) e ainda fiz a Estrada da Manutenção umas 4 vezes, Passeio da Orla Norte e ainda enfrentei São Paulo – Jundiaí – São Paulo num único dia e, um pedal de speed pelo Rodoanel. Fora pedais pela cidade de São Paulo em grupo ou sozinha.

Parece pouco, né? Mas eu acho que foi muito bom todos os passeios, incluindo os tombos, os arranhões, etc. Eu cheguei a fissurar a costela numa queda na Juréia, mas nunca cheguei a quebrar nada do meu corpo, graças a Deus.

Agora pretendo fazer uma cicloviagem. Não sei quando será e nem para onde vai ser, mas que eu pretendo fazer, pretendo. Vou apenas deixar o tempo se encarregar disso, enquanto isso eu vou pedalando por aí.

Sem contar a minha paixão pelo ciclismo de estrada (apesar de não participar ativamente dessas pedaladas), pelo Tour de France, e claro, pelo Lance Armstrong, para o qual eu virei fã de carteirinha. Eu acompanho o Tour desde 2006 e agora tenho assinatura da TV5, canal francês que transmite o Tour na íntegra. Iupiiiiiiii!

Nesse período conheci muitas pessoas legais, outras chatas também; namorei um ciclista, e desnamorei (risos); levei vários tombos, e tive alguns arranhões; me diverti muito, e também me aborreci muito, enfim, como dizem por aí: “faz paRRRRte”.

E aos 35 anos, apesar de estar acima do peso, eu estou mais em forma hoje do que quando eu tinha 20 anos. Uia!

Que venham mais quatro, 14, 40 anos de muito pedal!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Mais dois dias do circuito proceis!


10 e 11 de novembro de 2008 (Indaial a Zinco)

Só um parêntese aqui, o circuito no terceiro dia é de Indaial a Rodeio, mas como o percurso é menor e mais light, nos informaram que ficar na Pousada do Zinco seria muito legal, foi esse o roteiro que escolhemos, aí no quarto dia iríamos do Zinco á Dr. Pedrinho.

Fomos dormir mais cedo nesse dia para que acordássemos mais dispostos, porque sabíamos que seria um dos dias mais difíceis. Tomamos aquele café reforçado, fizemos nosso lanchinho, aprontamos tudo nas bikes, mas antes de sairmos já tivemos que pegar nossas capas-de-chuva, pois pela primeira vez a garoinha estava contínua e não estava com cara que ia parar tão cedo!!
Eu e o Julio saímos na frente para passar em uma bicicletaria e as meninas nos encontrariam depois. A garoa ainda persistia, e com isso a trilha se tornou bem penosa, porque a terra molhada segurava muito as bikes, ainda mais com o peso, e pra”melhorar” estávamos com vento contra, e apesar do trecho entre Indaial e Rodeio ser o mais curto e plano, 26km, foi o mais cansativo, havia também muita circulação de carros e caminhões, imaginem como ficamos cheios de lama...rs. Havia também muitos trechos com paralelepípedos, o que cansou bastante!

Chegando em Rodeio procuramos os pontos para carimbarmos nossos passaportes, nisso passamos em frente à sede da Prefeitura, tiramos algumas fotos e aproveitamos para descansar, decidimos não almoçar ali, porque sabíamos que a subidona estava bem próxima...rs. Indo para a vinícola onde iríamos carimbar, demos uma breve parada pra arrumar nossos alforjes, e nem imaginamos que essa parada seria um pouco mais longa do que prevíamos...rss...vou contar o que acorreu, como sempre eu sou a culpada....rss: vi a Ivinha arrumar o alforje dela, aí me lembrei que a minha capa estava me incomodando, uma ponta ficava toda hora encostando no meu tênis, depois de muitas horas de pedal isso cansa qualquer um....rss..aí eu desci da bike e me inclinei para ajeitar um lado, quando fui ver o outro, contrário da onde eu estava, a bike pendeu e com o peso iria cair em cima da catraca eu quis segurar e não consegui, fui segurando-a até onde deu, nisso a coroa da frente entrou no meu tornozelo na parte da frente da minha perna, fez dois furos um pouco profundos, para não escorrer muito o sangue eu apertei o machucado e me sentei, coloquei a perna pra cima, e todos vieram me acudir, o Jubis ficou branco, pois pra quem não sabe eu sofri há muito tempo um acidente de bike, e o Julio ficou meio que traumatizado desde então....mas eu estava bem, nem dor sentia, só fiquei com pena de todos pelas carinhas preocupadas...e ficava imaginando como eu faria para subir os 8km sem esmorecer, sem doer e sem atrapalhar o passeio de todos! E acreditam se quiser ninguém havia reparado antes, mas tudo isso ocorreu em frente a um Posto de Saúde, como todos ficaram preocupados com tétano acharam melhor eu tomar uma anti-tetânica, e assim foi feito o Jubis conversou com uma enfermeira, a Solange, ela foi muito bacana e prestativa, depois de ter refeito o curativo, me deu a vacina e ainda me forneceu um kit para os próximos curativos. Percebemos que as pessoas de Rodeio foram as mais prestativas e mais simpáticas pelo menos nesses primeiros dias de pedal, falaram que era por causa da descendência italiana. Continuando... tomei um remédio por conta própria para dor, na verdade não estava sentindo nada mesmo, mas era mais por causa da subida que logo logo enfrentaríamos...e eu Tb não queria ter que voltar ou parar o percurso por causa do problema do meu pé, coisa que graças a Deus não aconteceu!

Continuamos enfim o pedal, e estávamos perto da vinícola e lá tomamos um delicioso suco de uva e comemos nosso lanchinhos. Lá mesmo nos indicaram onde seria o começo da subida dos 8km para o bairro do Ipiranga. Todos estavam meio preocupados comigo, mas eu estava me sentindo muito bem para continuar. E assim foi, os quatro subindo, e subindo, cada um no seu ritmo, algumas amenas e outras um pouco mais fortes, eu fui rezando bastante para não esmorecer, porque com a perna machucada e o peso da bagagem não é nada fácil, nem pra mim e nem para os outros, isso já eram umas 14h30min e nem havíamos subido 1km. Mas todos estavam felizes e somos muito persistentes..rs..e o mais importante, muito companheiros.
Muitas pessoas passavam de carro pela gente e não acreditavam que íamos em frente, porque uma garoa ia e voltava toda hora, o que dificultava ainda mais o trajeto, mas com certeza a paisagem compensava cada obstáculo e cansaço. Esqueci de comentar uma coisa, havia imagens de anjos segurando hortênsias, em todo o trajeto, e já haviam nos avisado a respeito disso, mas não imaginávamos que era tão bonito, era uma benção quando os víamos, e uma surpresa também, parecia tudo meio mágico.

Íamos subindo e subindo, e a cada curva uma surpresa diferente, ora um anjo, ora caminho todo com hortênsias, ora uma paisagem simplesmente magnífica.

Com 4 km de subida +/- paramos no laticínio “Giacomina”, fomos atendidos com cordialidade e muita simpatia, conhecemos suas filhas e seu marido, muito simpáticos também. Mesmo sendo segunda-feira seu dia de descanso e ela não abre a loinha, fez questão em nos receber e nos fazer experimentar vários tipos e queijos, ficamos maravilhados com os sabores...que delícia...rs. Tão bom que encomendamos alguns pra buscarmos depois e levamos uns dois pedaços pequenos com a gente, não podíamos carregar mais peso....rs....mas era nossa vontade levar um monte....rs.

Continuamos então nossa subida, e faltavam mais 4 km, e até então a subida não era forte, com o peso da bagagem a gente ia mais devagar, mas nada com grandes dificuldades, e tivemos um belo presente e surpresa pela frente, acho que com dois km, não tenho bem certeza da distância, mas vimos um espaço com um Cristo e rodeado de muitos e muitos anjos, que visão bonita, e que paz!! Foi um momento realmente mágico, cheio de energias boas, e nos revigorou! Forças renovadas, continuamos nossa jornada. Havia um trecho para descansar e a Ive e a Bete pararam para nos esperar...rs...os mais lerdinhos....rss. Depois dessa parada rápida continuamos, e umas 18h chegamos no acesso da estrada que dá pra Pousada do Zinco, na verdade para a Fazenda do Zinco, onde tem a pousada e o albergue, a placa é pra esquerda enquanto a placa indicando á Dr. Pedrinho é pra direita, e assim foi, seguimos nosso caminho.

Uma garoa fina insistia, mas o “Quarteto Fantástico” não desistia, e continuava bravamente...rs....por mais 8km. Quando chegamos na porteira principal da fazenda, já havíamos percorridos +/- 4km, até me emocionei, porque estávamos cansados e só faltavam mais 4km que sensação boa, mas quando faltavam 3km vimos que estávamos enganados....rs...começamos a subir sem parar e a estrada se tornava cada vez mais difícil, íngreme, com muitas pedras e escorregadia, muitos trechos tivemos que empurrar nossas bikes, o cansaço já se instalava, a chuvinha não parava e começou a escurecer rapidamente. Todos nós já estávamos muito exaustos, chegou certa hora que eu estava a ponto de jogar a bike morro abaixo e a Ivinha estava já com muitas dores na panturrilha e também pensava em deitar ali e chamar um carro para vir nos buscar, mas nenhum carro passava naquela região. A cada cinco metros parávamos para descansar, o Julio preocupado com a gente tentava nos animar falando de comida, brincava com a gente, mas o cansaço já era extremo. A credito que a mais inteira das meninas era a Betinha....rs. Não tiramos nenhuma foto desse trecho porque nossa preocupação era outra, chegar logo e tomar um belo banho!

Chegamos enfim ao final da subida numa escuridão só, e somente eu e o Julio com luzes no capacete. Continuamos devagar e com muito cuidado, passamos por uma casinha simples com luzes acesas, era na verdade a única iluminada, num lugar deserto, frio e escuro. Não imaginamos que essa era a casa do casal Carlos e Magda que cuidavam do albergue, onde iríamos ficar. Passamos “batido”. Não enxergávamos o albergue na escuridão e tão pouco a pousada. Aproximamos-nos de um galpão e enfim percebemos que estávamos totalmente perdidos, o cansaço era tanto que não conseguíamos mais pedalar e nosso anjo-da-guarda, o Jubis (nome que damos com carinho ao meu maridinho Julio....rs), deixou a gente nesse lugar e foi verificar mais pra frente se havia mais algum lugar onde pudéssemos ficar, já imaginando que iríamos passar a noite ao relento, sem tomarmos um belo banho quente, imaginem nosso sufoco e aflição!!! Nós três ficamos juntinhas para tentarmos nos aquecer, e começamos a comer um pouco de castanhas, mas não conseguíamos para de pensar em como seria, se ficaríamos mesmo dormindo naquele galpão, tinha ali vários maquinários, um caminhão também. Outra nossa preocupação era com o Jubis, morri de medo de que acontecesse algo.

Depois de um tempinho, ele voltou falando que havia encontrado a pousada, mas tudo estava fechado e escuro, já estava muito nervoso e preocupado com a gente, e principalmente por minha causa, porque eu estava com a perna machucada. Muito preocupado falou que iria voltar até aquela casinha com luz acesa e pedir ajuda. Mal sabíamos que ali era sim a nossa salvação....rs. Depois de um longo e interminável tempo que esperávamos, ouvimos um barulho de carro, rapidamente a Ivinha pegou a lanterna e fez sinal...nem acreditávamos. Quando o carro parou e o Jubis e Sr. Carlos (administrador da fazenda) desceram para ajudar a gente nem acreditamos, parecia um milagre...rs....e que alívio.

Chegamos enfim ao albergue por volta das 21h30, um lugarzinho pitoresco, aconchegante e muito lindo, do jeito que imaginávamos quando víamos aquelas casinhas da estrada. Tomamos um belo banho quente e demorado, na verdade tivemos alguns imprevistos com nosso banho, queimou fusível, mas o Jubis deu um jeito, eu tomei até banho de canequinha....rss...no final tudo estava sendo divertido e com certeza lembraríamos desses momentos pra sempre!!

O Sr. Carlos veio nos buscar para levarmos ao Galpão do refeitório, onde seria servido um jantar maravilhoso, tudo feito pela Magda, uma mulher especial com mãos mágicas para comida! Todos sentados e muito emocionados, por estarmos salvos, seguros, com banhinho tomado e com aquela fartura de comida maravilhosa à nossa frente, terminamos o dia com chave de ouro mesmo, regado de muita aventura, desafios, surpresas e companheirismo, isso sim não tem preço. Seu Carlos e a D. Magda são pessoas lindas e maravilhosas, conversaram bastante com a gente, foi tudo perfeito mesmo.

Como havia sido um dia bem cansativo achamos por bem nos presentearmos com um dia de descanso e também aproveitarmos melhor a fazenda do Zinco, então na terça passeamos muito pela fazenda, tiramos fotos das cachoeiras e “Zinco” e a do “Bonito”, limpamos nossas bikes e à noite tivemos mais um delicioso jantar. Mais um dia singular e muito harmonioso, estávamos revigorados e muito felizes, foi tudo perfeito novamente!
Escrito por Ana Paula.
Beijos e braços,

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A primeira vez a gente nunca esquece!

Tem gente que acha que depois de uma certa idade já sabe de tudo ou acredita que não seja capaz de aprender nada novo.

Não existe idade para aprender coisas e muito menos somos conhecedores de tudo na vida, sempre há algo novo acontecendo o tempo todo, a cada minuto... a tecnologia está aí para nos provar exatamente isso!

Enfim...

Na véspera de Natal de 2008 eu resolvi que ia pedalar. Tomei meu café, me troquei, preparei a bike, fiz as minhas orações e voialá, dei rumo ao pedal solitário que eu tanto gosto de fazer. Só que quando saí do elevador não é o pneu dianteiro estava murcho?

Pensei: poxa vida, hoje eu não vou achar ninguém para me ajudar nisso aqui, eu mesma vou ter que por a mão na massa. Mas como? Eu nunca havia feito uma troca de pneu na vida, seja de bicicleta, moto, carro, e até mesmo de algum carrinho de brinquedo... hehehe.

Bom, mesmo assim, de tanto olhar os rapazes trocarem meu pneu e o pneu de outras pessoas que eu resolvi tentar trocá-lo, afinal eu tenho todas as ferramentas necessárias para isso, apenas eu nunca tinha trocado um pneu sequer na minha vida e, lá fui eu!

Vira pneu daqui, vira pneu dali, procura entender como usar a espátula, tenta tirar a câmera e não consegue, depois com muito custo tira a câmera, pega a câmera nova e... como colocar no pneu? Jesusinhomariajosé... Estica câmera dali e daqui e... depois de quase uma hora finalmente eu consegui trocar o pneu sozinha! Mas a minha aparência parecia que eu tinha enfrentado uma guerra! Eu tava mais suja que mecânico carro! Ui!

Eu sempre fui boa observadora, mas sempre tive medo de trocar o pneu, sempre achei que eu iria fazer algo de errado, estragar tudo e depois ter que procurar um mecânico para me ajudar, e pior, ver que ele em menos de 5 minutos iria resolver o meu problema. Ai que vergonha!

Mas infelizmente, eu ainda tive uns problemas com o freio dianteiro e levei mais uma hora para arrumá-lo. Conclusão: resolvi ficar em casa, pois já estava tarde, o sol tava tinindo e eu pensei: se isso aconteceu é porque não é para eu pedalar hoje.

E apesar de alguns momentos de eu querer jogar a bike pela janela (eu moro no 8º andar), ao final da bagunça toda, eu senti super-ultra-hiper feliz, afinal, consegui fazer o que eu mais temia em fazer, e vi que eu realmente posso fazer o que quiser, basta querer... ah e ter muita paciência...

Quem disse que macaca velha não aprende truque novo?????

domingo, 4 de janeiro de 2009

Mais um dia no Circuito Vale Europeu...



9 de novembro de 2008.

Levantamos às 6h, aquela bagunça para ver quem iria primeiro ao banheiro... rs...pois estávamos dividindo o mesmo quarto, tudo para economizarmos...rss...e é bem legal porque fazemos aquela zona...rs.

Descemos pra tomar café, aliás muito gostoso por sinal em um lugar muito aconchegante, preparamos nosso lanchinho de almoço e fomos terminar de arrumar nossas bikes.
Tudo ajeitado e guardado pegamos mais um carimbo em nosso passaporte, nos alongamos e nos dirigimos ao ponto de partida para seguirmos viagem em direção à Indaial.

Todos animados como sempre, pedalávamos tranqüilos até chegar a primeira subidona..ufa..e que subida...rss!!! O visual continuou maravilhoso, que bom gosto tem esse povo, um jardim mais lindo que o outro, casinhas lindas e tão pitorescas! Passávamos e cumprimentávamos todos, uns muito tímidos respondiam, outros se animavam e puxavam uma prosa...rs.

Víamos muitos riachos e cachoeiras por todo percurso e embora sendo trilha, tivemos que tomar cuidado com os carros que circulavam pela região e com os motoristas que dirigiam em grande velocidade.

Em cada seta amarela encontrada, lá estava o Julio e a Ive verificando se o km estava correto e assim as etapas iam se cumprindo.

Paramos no Bar do Gilmar por volta das 11h30 para comprarmos água e comermos nossas frutinhas desidratadas, aliás uma ótima opção de alimentação, e não poderíamos deixar de fazer nosso famoso xixi..rs..nessas horas é que as mulheres sofrem..rs. Nesse bar, as pessoas que estavam lá eram muito fechadas, quando chegamos eles estavam falando português, mas logo mudaram para o alemão, só a atendente falava com a gente em português nesse momento, deu a impressão de que eles não queriam que participássemos de seus papos, como se tudo fosse segredo...rss...sei lá...pura neura...rs.

Seguimos então nosso caminho novamente, sempre com muitas subidas, e nesse dia estávamos um pouco mais cansados, todos sentiram um pouco o ritmo, mas nada melhor que uma pequena cachoeira no meio da trilha para nos refrescarmos e advinha se euzinha não entrou... rss. Tinha que me deliciar pois apesar do céu estar encoberto estava muito abafado. Ficamos ali uns 20min e deu pra relaxar bastante e recobrar as energias... rs.

Estávamos quase chegando ao final de mais um dia de viagem, quando Betinha nos alertou sobre a presença de macacos , faziam um barulho enorme e lá estava o Julio filmando tudo, foi uma emoção muito grande poder compartilhar desse momento especial da natureza, não tínhamos medo e sim ficamos admirados e felizes.

Às 14h fizemos uma breve parada para nosso almoço (lanche) que por sinal estava muito bom, acho que era a fome... rs.

Quase chegando a Indaial tivemos uma bela surpresa, um barulho imenso de uma cachoeira e do rio, ficamos admirando mais esse presente da natureza e não poderíamos deixar de tirar fotos e mais fotos...rs.

Chegamos ao nosso destino, agora era ir procurar onde ficava o hotel onde iríamos pernoitar, o Larsen. Ficamos perguntando para várias pessoas, muitos não conheciam e outros informavam errado. A Betinha ligou para o dono da pousada e ele nos informou como fazíamos para chegar e enfim estávamos lá...rs.

Descemos nossas coisas, tomamos aquele bom e demorado banho... rs...o dono do Hotel liberou a lavanderia para lavarmos e secarmos nossas roupas, e depois saímos para comer, e encontramos um lugar muito saboroso, e quem nos indicou foi um Guarda Municipal, o lugar chama “Torten Hans”, na verdade é uma pequena padaria e divina por sinal....rs. Com todas as guloseimas maravilhosas conseguimos recuperar todas as calorias perdidas nas subidas...rs. Depois fizemos uma breve caminhada para conhecer um pouco do centro e voltamos para o hotel, onde ajeitamos tudo novamente e fomos descansar. Que dia muito bem cumprido!!!

Texto escrito por Ana Paula.
E vamos ficar ansiosos para saber do resto da viagem???? Vamos Ana manda mais textos para nóis!!! ui!
Abraços a todos.