quarta-feira, 2 de julho de 2008

Estou estreiando o blog...

Pessoal, eu resolvi criar este blog para colocar qualquer texto que vier à minha cachola telhinha, mas... como o foco é praticamente ciclismo, aí vai um conto que eu escrevi um tempo atrás, fiz só uma pequena modificação, para não criar confusão com algumas pessoas que eu não falo há um tempão, vai que elas resolvem me processar? GZUIS! Nem pensar, né?
Ah... só um lembrete: nem sempre vou falar de bike poRRRRAQUI, entendeu????

Pedalar sozinha? Eis a questão!

São Paulo, 14 de janeiro de 2005.

Gente, eu comprei uma bicicleta! Pois é, comprei de presente de Natal pra mim mesma. Apenas tem um pequeno detalhe: faz MUITO tempo que eu não ando de bicicleta. A última vez em que eu andei de bicicleta ainda não existiam marchas. Nossa! Faz muito tempo então! E pra piorar, além de eu estar fora de forma, eu não sei como usar as malditas marchas!
Entrei na net à procura de sites sobre bicicletas, entrei comunidades no Orkut e até fiz um amigo virtual que me indicou um site que dava dicas de como usar as marchas! Só esqueci de avisar o rapaz, que eu tenho apenas dois neurônios, e um ficou brigando com outro tentando entender o processo de trocar marchas! Haja matemática pra usar essa coisa! Prefiro trocar as marchas do carro, é bem mais fácil!
Santo Deus! É tanto termo novo, que até reaprendi que o assento da bicicleta é selin, e não “selinho” como eu sempre disse desde quando eu era criança pequena na cidade de Campinas. É tanta coroa, catraca, amortecedor, corrente, correia, breque, pedal, guidon... Ai, estou perdida!
E a coordenação motora? Nem me fale, um horror! Na marcha de frente tem três opções, e deve sincronizar com as marchas da parte de trás. A menor marcha na frente pela maior de trás, usando as duas mãos para trocá-las, sendo que a mão esquerda tem um sério problema de não saber fazer nada. Será que a bicicleta tem marcha ré?
Fora ainda que eu sou um bicho do mato. Morro de medo e vergonha de sair com a minha bicicleta sozinha. Não, não é medo de ser assaltada, mas sim de ser observada por todas as pessoas que estiverem na rua no momento em que eu estiver pelando e dizerem: “olha a mina, nem sabe andar de bike e está dando uma de entendida...hahahaha”. Bobagem, mas é pior do que estar no Big Brother sendo observada e julgada por todo mundo. Acho que vou me consultar com o meu psiquiatra, isso é um caso a analisar, não?
Isso já tem quase um mês, e a bicicleta está lá encostada na parede do meu humilde escritório de casa. Acho melhor eu pedalar com ela sozinha, senão ela vai pedalar sozinha por mim! (risos)

FIM

detalhe: esta crônica foi escrita em 14 de janeiro de 2005, e eu comecei realmente a pedalar em 23 de janeiro do mesmo ano... e hoje eu não páro mais!

Beijos a todos.